A SUA EMPRESA TEM UMA ESTRATÉGIA?
“Uma breve reflexão sobre um dos aspetos mais importantes da sua organização”
Coloque de parte os hábitos culturais.
Faça uma pausa e olhe de fora para dentro.
Recuse os paradigmas associados a um plano de negócios.
Inicie a descoberta de uma Declaração Estratégica.
— A sua empresa tem uma Declaração Estratégica?
— Consegue resumi-la em cerca de 35 palavras?
— Os seus colaboradores têm conhecimento dessa Estratégia?
A resposta a estas perguntas nem sempre é respondida de uma forma positiva. Uma grande parte dos gestores afirmam ter uma Estratégia definida, mas quando confrontados com a realidade, acabam com uma sensação de incerteza sobre a sua atuação como executivos e representantes de marcas.
Nem sempre conseguimos definir claramente os objetivos da nossa organização, nem expressamos um fácil entendimento sobre como atuamos e qual a nossa vantagem competitiva.
Numa fase inicial a sua Estratégia não tem de fazer parte de um volume gigante de páginas com todos os detalhes do seu negócio. É suficiente termos um simples, claro e sucinto parágrafo, que todos possam interiorizar e usar como guia para as difíceis decisões.
Quanto maior for a estrutura empresarial, mais necessidade existe em deixar bem assente a definição de uma estratégia, contudo se a sua empresa ainda não comporta uma centena de trabalhadores, não deve descartar esta necessidade. Quanto mais cedo a Estratégia estiver definida, mais preparado o seu negócio estará.
— Como pode preparar uma Declaração Estratégica em apenas um parágrafo?
Identificamos três princípios críticos para que o consiga fazer da forma mais correta.
Assim que conseguir chegar a um entendimento claro e objetivo, ganhará segurança e certeza sobre as decisões mais críticas do nosso negócio.
“Se agora está de papel e caneta na mão, não se preocupe com a quantidade de informação que poderá a apontar. Deixe-se guiar pelas ideias mais imediatas e no fim reorganize tudo em apenas um parágrafo.”
I. OBJETIVO
Qualquer Declaração estratégica deve começar com uma definição dos fins propostos a alcançar. Quais os objetivos específicos que quer atingir e em quanto tempo.
Esta questão do tempo é crucial.
Se vai querer chegar ao ponto Z, em quanto tempo o vai querer fazer. É este intervalo de tempo, que o ajudará a manter o foco e a cumprir com as suas responsabilidades.
Foque-se num só objetivo. Seja criterioso e específico na elaboração do mesmo. Defina limites mensuráveis e distribua-os numa janela de tempo.
II. OPERAÇÃO
Pense como vai operar e proceder para atingir o seu objetivo.
É essencial definir concretamente o domínio do negócio onde quer participar e saber descrever o cenário onde a empresa vai atuar.
Quais são os limites até onde vai e quais aqueles que garantidamente não vai ultrapassar.
Apesar de estes dois primeiros passos fazerem parte essencial da Estratégia de qualquer negócio e de qualquer dimensão empresarial, eles nunca poderiam funcionar em pleno se não fosse estudado e descoberto um terceiro princípio.
Contudo, isso não seria o suficiente para atrair investidores.
É necessário sermos capazes de explicar em detalhe como planeamos atingir esse grande objetivo.
Aqui entra o terceiro princípio crítico.
Mesmo que a sua ideia base seja excluir capital externo, mais tarde ou mais cedo poderá ter de recorrer a investimentos e nessa altura é importante estar preparado.
III. VANTAGEM COMPETITIVA
O que a sua empresa fará de maneira diferente, ou melhor, do que as outras, vai definir os meios mais importantes pelos quais vai alcançar o seu objetivo.
Michael Porter, afirmava que a Vantagem Competitiva é a essência da nossa Estratégia.
Garantir essa essência é também saber responder com lealdade, fundamento e transparência à questão: Por que o cliente vai optar pelo seu serviço em detrimento de outros disponíveis no mercado?
É fundamental saber explicar aos consumidores porque devem optar pela sua marca acima de qualquer outra. Esta explicação pode ser lida como Proposta de Valor.
Ao descrever a sua Vantagem Competitiva, deve ter em atenção que esta não aponta apenas para os fatores externos — clientes.
Os fatores internos devem também fazer parte desta descoberta. A perceção do valor dos recursos humanos e colaboradores é primordial.
Ao trabalhar a sua Estratégia e envolver os colaboradores neste processo, garante um alinhamento entre toda a equipa, reforça a certeza das operações diárias e minimiza os riscos das decisões.
O melhor ativo das empresas são as pessoas, são elas que contribuem e garantem o bom funcionamento da organização e promovem alegremente a nossa marca.
A Declaração Estratégica comporta Objetivo, Operação e Vantagem Competitiva, contudo tudo isto tem de estar assente num sistema de escolhas e opções. A Declaração Estratégica não persegue dois objetivos diferentes, quando opta por uma via, exclui todas as outras.
Agora que tomou todas as notas, resuma esse aglomerado de palavras em apenas um único parágrafo. Envolva toda a sua equipa de trabalho, dê-lhe voz e liberdade de expressão e complemente a sua Declaração Estratégica com pequenas escolhas e detalhes que sustentem ainda mais o objetivo final da sua Marca e Negócio.
PS: Grave nas paredes do escritório a sua Declaração estratégica.
Não confunda Declaração Estratégica com Missão, Visão ou Valores organizacionais.
Este estudo tem como ponto de partida o entendimento das teorias de Michael Porter e como reflexão um artigo dirigido por David J. Collins e Michael G. Rukstad.
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PROCURA SABER MAIS SOBRE ESTRATÉGIA, RECOMENDAMOS ESTES LIVROS.
STRATEGY AND COMPETITION: The Porter Collection
“Uma breve reflexão sobre um dos aspetos mais importantes da sua organização”
Coloque de parte os hábitos culturais.
Faça uma pausa e olhe de fora para dentro.
Recuse os paradigmas associados a um plano de negócios.
Inicie a descoberta de uma Declaração Estratégica.
— A sua empresa tem uma Declaração Estratégica?
— Consegue resumi-la em cerca de 35 palavras?
— Os seus colaboradores têm conhecimento dessa Estratégia?
A resposta a estas perguntas nem sempre é respondida de uma forma positiva. Uma grande parte dos gestores afirmam ter uma Estratégia definida, mas quando confrontados com a realidade, acabam com uma sensação de incerteza sobre a sua atuação como executivos e representantes de marcas.
Nem sempre conseguimos definir claramente os objetivos da nossa organização, nem expressamos um fácil entendimento sobre como atuamos e qual a nossa vantagem competitiva.
Numa fase inicial a sua Estratégia não tem de fazer parte de um volume gigante de páginas com todos os detalhes do seu negócio. É suficiente termos um simples, claro e sucinto parágrafo, que todos possam interiorizar e usar como guia para as difíceis decisões.
Quanto maior for a estrutura empresarial, mais necessidade existe em deixar bem assente a definição de uma estratégia, contudo se a sua empresa ainda não comporta uma centena de trabalhadores, não deve descartar esta necessidade. Quanto mais cedo a Estratégia estiver definida, mais preparado o seu negócio estará.
— Como pode preparar uma Declaração Estratégica em apenas um parágrafo?
Identificamos três princípios críticos para que o consiga fazer da forma mais correta.
Assim que conseguir chegar a um entendimento claro e objetivo, ganhará segurança e certeza sobre as decisões mais críticas do nosso negócio.
“Se agora está de papel e caneta na mão, não se preocupe com a quantidade de informação que poderá a apontar. Deixe-se guiar pelas ideias mais imediatas e no fim reorganize tudo em apenas um parágrafo.”
I. OBJETIVO
Qualquer Declaração estratégica deve começar com uma definição dos fins propostos a alcançar. Quais os objetivos específicos que quer atingir e em quanto tempo.
Esta questão do tempo é crucial.
Se vai querer chegar ao ponto Z, em quanto tempo o vai querer fazer. É este intervalo de tempo, que o ajudará a manter o foco e a cumprir com as suas responsabilidades.
É muito diferente dizer que queremos atingir mais 100 clientes ou 100.000€, do que dizermos que queremos atingir mais 100 clientes ou 100.000€ por mês, durante os próximos 5 anos de trabalho.
Foque-se num só objetivo. Seja criterioso e específico na elaboração do mesmo. Defina limites mensuráveis e distribua-os numa janela de tempo.
II. OPERAÇÃO
Pense como vai operar e proceder para atingir o seu objetivo.
É essencial definir concretamente o domínio do negócio onde quer participar e saber descrever o cenário onde a empresa vai atuar.
Quais são os limites até onde vai e quais aqueles que garantidamente não vai ultrapassar.
Se estamos a planear operar no enoturismo, vamos providenciar visitas e provas para grandes grupos turísticos ou vamos querer oferecer experiências mais reservadas?
Vamos ter só visitas às caves e provas de vinho, ou vamos garantir excelentes formações sobre todo o processo de conceção do vinho do Porto?
Asseguramos apenas serviço de restauração ou também um serviço de estadia?
Apesar de estes dois primeiros passos fazerem parte essencial da Estratégia de qualquer negócio e de qualquer dimensão empresarial, eles nunca poderiam funcionar em pleno se não fosse estudado e descoberto um terceiro princípio.
Podemos ter o objetivo de elevar o nosso negócio mediante formações lecionados pelos melhores enólogos, servir refeições adequadas aos diferentes tipos de vinho e proporcionar estadias ao som da natureza. E ainda estaremos dispostos a trabalhar para adicionar à faturação 100.000€ mensais, durante os próximos 5 anos.
Contudo, isso não seria o suficiente para atrair investidores.
É necessário sermos capazes de explicar em detalhe como planeamos atingir esse grande objetivo.
Aqui entra o terceiro princípio crítico.
Mesmo que a sua ideia base seja excluir capital externo, mais tarde ou mais cedo poderá ter de recorrer a investimentos e nessa altura é importante estar preparado.
III. VANTAGEM COMPETITIVA
O que a sua empresa fará de maneira diferente, ou melhor, do que as outras, vai definir os meios mais importantes pelos quais vai alcançar o seu objetivo.
Michael Porter, afirmava que a Vantagem Competitiva é a essência da nossa Estratégia.
Garantir essa essência é também saber responder com lealdade, fundamento e transparência à questão: Por que o cliente vai optar pelo seu serviço em detrimento de outros disponíveis no mercado?
É fundamental saber explicar aos consumidores porque devem optar pela sua marca acima de qualquer outra. Esta explicação pode ser lida como Proposta de Valor.
Ao descrever a sua Vantagem Competitiva, deve ter em atenção que esta não aponta apenas para os fatores externos — clientes.
Os fatores internos devem também fazer parte desta descoberta. A perceção do valor dos recursos humanos e colaboradores é primordial.
Ao trabalhar a sua Estratégia e envolver os colaboradores neste processo, garante um alinhamento entre toda a equipa, reforça a certeza das operações diárias e minimiza os riscos das decisões.
No nosso caso de estudo, é ponto assente que teremos os melhores enólogos da região a lecionarem as formações mais enriquecedoras e completas, bem como as pessoas mais competentes e simpáticas a servirem os nossos convidados.
O melhor ativo das empresas são as pessoas, são elas que contribuem e garantem o bom funcionamento da organização e promovem alegremente a nossa marca.
A Declaração Estratégica comporta Objetivo, Operação e Vantagem Competitiva, contudo tudo isto tem de estar assente num sistema de escolhas e opções. A Declaração Estratégica não persegue dois objetivos diferentes, quando opta por uma via, exclui todas as outras.
O enoturismo, não pode — ao mesmo tempo — receber grandes grupos de visitantes e com um casal aficionado por conhecer mais sobre a região vitivinícola.
Não vamos ter formações com os melhores enólogos da região, a par de formações básicas lecionadas por qualquer outra pessoa.
A nossa Proposta de Valor é garantir ao consumidor uma experiência enriquecedora, apoiada pelos melhores profissionais e ignorar o turismo em massa.
Agora que tomou todas as notas, resuma esse aglomerado de palavras em apenas um único parágrafo. Envolva toda a sua equipa de trabalho, dê-lhe voz e liberdade de expressão e complemente a sua Declaração Estratégica com pequenas escolhas e detalhes que sustentem ainda mais o objetivo final da sua Marca e Negócio.
PS: Grave nas paredes do escritório a sua Declaração estratégica.
Não confunda Declaração Estratégica com Missão, Visão ou Valores organizacionais.
Este estudo tem como ponto de partida o entendimento das teorias de Michael Porter e como reflexão um artigo dirigido por David J. Collins e Michael G. Rukstad.
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PROCURA SABER MAIS SOBRE ESTRATÉGIA, RECOMENDAMOS ESTES LIVROS.
STRATEGY AND COMPETITION: The Porter Collection
